Estou inaugurando um novo espaço no blog para discussão, e para começar segue o seguinte artigo:
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LEMBRAR DOS PROFESSORES EM UMA CERIMÔNIA DE ABERTURA DE COPA, ERA NECESSÁRIO?
PREMIAÇÕES, HOMENAGENS ENTRE OUTRAS RECEBIDAS PELO PROF. EDUARDO
SERÁ
MESMO?
Eduardo de Almeida[1]
Quantas vezes uma informação
que é nos repassada, principalmente pelos nossos professores lá no início de
nossa vida no ensino formalizado, se solidificaram e se eternizaram em nossas
mentes, que ficamos convencidos que aquela informação era de fato um
conhecimento verdadeiro e correto. E aí conseguiu lembrar de quantas vezes isso
ocorreu na sua vida? Com base nisso, escrevo algo que diariamente verifico em
sala de aula junto aos meus alunos, e a cara de espanto é a mesma em todos
esses, aos descobrirem mitos camuflados como sabedoria, afinal não existem
verdades eternas em ciências é tudo apenas transitório. Um título de livro que
costumo lembrar nesse momento e comentar em aula é o seguinte “Aprendi tudo ao contrário ou me ensinaram
tudo errado[2]
“. Durante uma aula sobre seminário da prática, com alunos da graduação do
curso de biologia, onde falávamos sobre a criação e redação de artigos
científicos, uma primeira experiência fora do assunto principal daquele
encontro, se tornou um grande momento de reflexão, onde segundo Oliveira (2003,
p.11): ”[...] resultado da reflexão sobre a rápida evolução da ciência. Muitos
conceitos clássicos mudaram de modo tão radical, que tenho a impressão de que
tudo que estudei estava errado”. E você já passou por algo assim? Quando
salientei que hoje as questões de provas buscam o entendimento e não o procedimento,
isto é, ou você entende o processo ou não tem como decorá-lo, afinal as
perguntas de vestibulares como o da UFRGS ou exames como o do ENEM, requerem
conhecimento específico e intensa capacidade interpretativa, mesmo sendo
questões de caráter conceitual, olhem só a imagem que ilustra esse artigo,
perceberam que são necessárias competências adquiridas em anos de estudos para
responde-la? É uma questão do ENEM do ano de 2013, na sala de aula indaguei
sobre para que serve a respiração boca a boca? Lembram? E a resposta que nós
humanos, como demais seres vivos respirávamos apenas oxigênio na inspiração, e
na expiração no momento que jogamos para fora o ar, esse é só gás carbônico,
esse falso entendimento, é o que muito mais da metade das pessoas também pensam em um
primeiro momento, mas na verdade respiramos além do oxigênio outros gases,
sendo que o gás em maior quantidade na atmosfera é o Nitrogênio e não o
Oxigênio, e boa parte do oxigênio inspirado não é aproveitado por nós, e na
expiração lançamos novamente para o ar muito oxigênio , até mais gás oxigênio
do que gás carbônico e claro outros gases que entram também saem, aí ficou
claro a eficácia da respiração boca a boca, afinal não haveria porque
realiza-la se apenas gás carbônico fosse lançado em cada expiração nossa e o
objetivo é salvar uma vida e não eliminá-la. Mas continuando com o ferver das
reflexões em sala de aula, algo que caracterizou o que Oliveira (2003, p.23)
nos diz: ”Como as ciências fazem parte da cultura, seus paradigmas norteiam os
pensamentos da opinião pública. Mesmo que as pessoas não percebam, estão
fazendo ciência”. Outro fato vinculado
ao oxigênio refletido na sala de aula com os alunos, foi o que as plantas esses seres vivos, também
respiraram e muito, mas o ensino que busca e prioriza o procedimento e não
entendimento, apenas nos salienta que essas ficam durante o dia respirando gás
carbônico e liberando oxigênio na atmosfera, isso é falso, elas respiram
oxigênio e liberam gás carbônico, em todo o momento, afinal elas não param de
respirar enquanto também fazem fotossíntese, nesse processo sim, elas aproveitam
o gás carbônico da atmosfera, usam também água e a energia luminosa do Sol para
produzir seu alimento, portanto respiração e fotossíntese são situações e
processo separados, e fiquem tranquilo as plantas podem ficar no mesmo quarto
que nós durante à noite afinal, mito
lembrado e comentado em sala de aula, ela respira como seu gato, seu cachorro,
sua esposa ou seu esposo e não vai ser capaz de consumir todo o oxigênio do ar
do quarto e matar você por falta desse gás, só teria problema se a planta fosse
realmente carnívora capaz de nos atacar,mas a conhecida Dionéia[3] é inofensiva para nós, se não fosse, aí sim teria problema dividir o quarto com
esse ser vivo. Por fim, chegamos ao momento de falar sobre o espaço, o universo
ou melhor o cosmo, para muitas pessoas o espaço é sinônimo de o Sol, a Lua, as
estrelas e alguns planetas e pronto acabou, esbarramos no muro limite do
espaço, poucos ainda perceberam que somos um sistema solar que habita um
pequeno espaço dentro de uma galáxia chamada via- láctea onde muitos outros
sistemas solares também estão e o mais interessante é perceber que nossa
galáxia é apenas uma entre trilhões de galáxias. Assim como Oliveira (2003,
p.2002) nos coloca: “ Os sistemas de ensino deverão despertar para necessidade
das pessoas aprenderem a desaprender os raciocínios mecanicistas profundamente
arraigados em nossa universidade”. Então meus alunos mãos à obra refletir sobre
o que falamos em aula, lembram que falei sobre as florestas, os oceanos, e
claro sobre o oxigênio na atmosfera? E por último mas sempre bom lembrar,
recordam da estória que somos discípulos de CHONS o grande criador? Então, bons
estudos em busca do entendimento para todos vocês.
[1]
Professor de Biologia.
[2] OLIVEIRA,
Milton de. Aprendi tudo ao contrário ou
me ensinaram tudo errado: Emoção, calor que transforma o ser humano. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2003.
[3] Dionaea muscipula é uma planta carnívora que pega e digere presa animal normalmente insetos e aracnídeos.
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REALMENTE, A CULPA É DAS ESTRELAS
Eduardo de Almeida[1]
Há pouco tempo teve adaptação do
livro para o cinema do romance escrito por John Green, com o título A culpa é
das estrelas, o que irei escrever na sequência nada tem relação com o enredo do
livro ou do filme, mas certamente com o título sim, a culpa é das estrelas com
certeza, afinal quem nunca se perguntou de onde vem a “matéria”, ou melhor de
onde vem as matérias-primas de todas as coisas, com base nisso nossos ancestrais
ao olharem para o céu já imaginavam quem era o criador de tudo que existe, sim
as estrelas elas são os antigos alquimistas do universo, afinal são capazes de
fundir o hidrogênio o gás mais abundante
do cosmo e transforma-lo em gás hélio e em outros elementos químicos como outros
gases e até metais como Ferro , afinal esses alquimistas cósmicos, como o nosso
Sol conseguem fundir elementos e criar novos, mas a temperatura para isso é
muito elevada, então os verdadeiros criadores são as supernovas, sim a explosão
e morte estrelar, é capaz de lançar no universo uma poeira com todos os
elementos que constitui o que chamamos de matéria, então fica fácil constatar
que somos poeira cósmica, observe que tudo praticamente tudo é formado por
certos grupo de elementos químicos que se combinam em moléculas, substâncias e
misturas, quem é meu aluno já ouviu eu falar em CHON, isto é, o grande princípio
criador de tudo inclusive de nós, somos constituídos principalmente por
Carbono, Hidrogênio, Oxigênio e Nitrogênio, sabemos que nossa unidade básica e
molecular o DNA, que teve sua forma elaborada em 1953 por Watson e Crick ,
fazendo a imagem da dupla hélice símbolo da biologia molecular, observando de
perto vamos ver que é tudo formado por esses elementos químicos , por exemplo a
base nitrogenada timina é toda formada pelo CHON, outras também são, observe a
imagem que ilustra esse texto. Como já falava o Dr. Spock personagem do ator
Leonard Nimoy na série original de Jornada da Estrela (Star Trek), habitante
Vulcano é comandante na USS Entrerprise onde costumava dizer: “Somos todos
unidade de Carbono e Hidrogênio”, e realmente o comandante tem razão. Mas aqui
na Terra, um cientista e professor chamado Dmitri Ivanovich Mendeleev, grifado
e conhecido como Mendeleiev , conseguiu organizar o alfabeto químico, isto é,
elaborou a primeira versão da tabela periódica dos elementos químicos,
colocando os em ordem e possibilitando um maior entendimento da humanidade
sobre quem são os elementos constituintes de tudo.
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[1] Professor
LEMBRAR DOS PROFESSORES EM UMA CERIMÔNIA DE ABERTURA DE COPA, ERA NECESSÁRIO?
Eu como muitos brasileiros que assistiram a abertura do mundial de futebol 2014, esperavam o grande momento do exoesqueleto criado por um cientista brasileiro fosse utilizado para o ponta pé inicial desse evento aqui em nossa casa, mas só consegui ver isso no youtube em um vídeo muito rápido...afinal, não foi importante na abertura isso ser mostrado, com Pit bull, Jennifer Lopez, Claudia Leite e o grande hit "We Are One (Ole Ola)",ficou claro isso,somos o país do futebol e da Copa do Mundo e claro do Carnaval, e não o da ciência e do ensino, afinal, seria até constrangedor mostrar o desempenho do BRASIL, no Pisa de 2012. Logo que nosso primeiro adversário ficou na posição 40 nessa avaliação e nós ficamos na posição 58, o México está na posição 53 e nosso último adversário nessa etapa os Camarões não participaram do PISA de 2012...então, não vale comparar.Mas de regra no PISA perdemos para os dois primeiros adversários.
Mas esquecer ou não dar a devida atenção a ciência de alta tecnologia realizada por cérebros brasileiros é desconsiderar o ensino e claro desvalorizar os professores. Afinal para se ter engenheiros, biólogos, químicos, médicos ou qualquer profissional de áreas mais técnicas o professor é necessário, até mesmo no futebol, afinal maior parte dos técnicos de grandes times são licenciados em Educação Física, isto é, professores. Fica claro que não devemos banalizar o termo "Professor", afinal só pode usar esse quem se licenciou em uma graduação...mas principalmente em jogos de futebol, verificamos aqueles jogadores "assassinando" a língua em seus comentários nos jogos e chamando muitos de professores.
Segue abaixo o artigo do Prof. Träsel, publicado em ZH dia 16 (Segunda) e nos leva para uma boa reflexão sobre a abertura da Copa e que país desejamos mostrar que somos.
Atte.
Prof. Eduardo de Almeida
PREMIAÇÕES, HOMENAGENS ENTRE OUTRAS RECEBIDAS PELO PROF. EDUARDO
Medalha Professor destaque ano 2013
Placa Professor Destaque ano 2010
PLACA DE HOMENAGEM DA TURMA BID2831 (PARANINFO)
PLACAS DE HOMENAGEM DA BID 3063 (PARANINFO E PROFESSOR HOMENAGEADO)
PLACA DE PARANINFO
PLACA DE PROFESSOR HOMENAGEADO
MATÉRIA PUBLICADA NA REVISTA TEORIA & AÇÃO
* Clique na imagem da matéria abaixo para ampliar a mesma e facilitar a leitura.
Lista de textos:
- Cinquenta tons de verde;
- Cinquenta tons mais escuros de poluição;
- Cinquenta tons de sustentabilidade;
- Ecoeficácia...é assim que vejo o Mundo;
- Sustentabilidade Ambiental como indicador de felicidade da população;
- Formando cidadãos ambientalmente responsáveis;
- Comercializando o conhecimento ou vendendo o diploma?;
- Tirania como fonte de niilismo no ensino;
- O Problema é "Emergencial";
- Nada além do básico;
SEQUÊNCIA DE ARTIGOS DA TRILOGIA "CINQUENTA TONS..."
CINQUENTA TONS DE VERDE
CINQUENTA TONS DE VERDE
Eduardo de Almeida¹
T
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erra, planeta que tem ¾ de seu território preenchido por águas, sendo 97,4% oceanos de águas salgadas, mas nas regiões não inundadas tem sua cobertura revestida das mais variadas nuances de cores, mas podemos destacar cinquenta tons de verde, desde o verde brilhante das florestas tropicais pluviais formando um denso cinturão sempre verde ao redor da linha do Equador, também o verde escuro das florestas de coníferas nos surpreende, passando pelo verde de tons marrons das regiões de florestas de tundras e até a parte inundada pelas águas tem sua cor verde esmeralda, são esses tons que cativam tanto pelo sentido grandioso e encantam tanto pelo sentido do belo. É o tempo de aproximadamente quatro bilhões de anos desde o surgimento do Planeta, desses anos a linhagem de hominídeos à qual pertencemos tem mais de quinze milhões de anos, mas quero informar que há três milhões de anos que se consolidaram os traços fisionômicos e estruturais idênticos aos homens atuais, traços que nos tornam impares entre os primatas como o elegante andar bípede e ereto e nosso poder de consciência e de inteligência, características especiais de responsabilidade dessa espécie com o planeta. É importante salientar que o homem é essencialmente um ser da floresta, esse se aventurou a deixar esse ambiente cálido do manto verde como uma forma de se afirmar diante de sua mãe.
Esse novo filho da Mãe Terra, essa de nome Gaia dado por esse filho que se nomeou como Homo, nos reporta a estória grega de relação entre filho e mãe, isto é, o complexo de Édipo, onde nós seres humanos demonstramos um conjunto de desejos amorosos e simultaneamente hostis com nossa mãe Natureza.
Numa relação de amor e hostilidade esse filho que no ano de 1600 não passava de uma população de 600 milhões de irmãos sobre o seio dessa mãe, no ano de 2011 se orgulha de chegar aos sete bilhões de irmãos, mesmo sugando de forma incontrolável todo o alimento de sua mãe, ainda deseja e quer que essa ainda de à luz no ano de 2025 há oito bilhões de irmãos, e em 2050 chegando aos nove bilhões de irmãos e por fim, no ano de 2070 ao número de dez bilhões de irmãos.
Mas a saúde dessa mãe como está? Nós a desejamos ela quente, para nos saciar, e conseguimos alterar a concentração na atmosfera de um dos gases necessários para manter a temperatura do Planeta numa faixa habitável e claro existe a necessidade desse gás para o vital fenômeno da fotossíntese, em prol de suas necessidades esse filho, dessa mãe tão gentil, emitiu para a atmosfera toneladas de CO², numa tentativa de fazer as pazes, pediu a sua mãe desculpas pelas emissões fixando o ano de 1990 como marco de suas emissões em 27,8 bilhões de toneladas, firmou esse através de um protocolo conhecido como Kyoto, que determinou a redução das emissões desse gás, com duração até 2012 e sabem qual o resultado? Atualmente já ultrapassamos 35 bilhões de toneladas de CO² emitidos na atmosfera.
E além de quente queremos esse planeta úmido e novamente esse filho desapareceu com mais de 90 % das áreas úmidas conhecidas como banhados, afinal se continuarmos a presentear nossa Mãe Terra, com os mesmos presentes: A contaminação e a poluição, nos diversos estados físicos, como sólido, líquido e gasoso, seja através do lixo, dos esgotos ou pelos escapamentos dos automóveis. Em um cenário muito próximo nem a presenteada e menos quem presenteia irão existir no mesmo espaço de tempo.
Continuamos tentando pedir desculpas seja nos reunindo com a Mãe Terra em conferências ou salientando nossos erros cometidos e pedidos de desculpas em livros como Primavera silenciosa, O futuro roubado e A urgência do presente, ou em filmes como Uma verdade inconveniente e A última hora.
Precisamos do verde das florestas para purificar o ar que respiramos, do verde das algas para fornecer através do fenômeno da fotossíntese o gás oxigênio que chega a atmosfera através da evaporação dos mares, há milhões de anos o nível de oxigênio na atmosfera a partir do qual é permito vivermos, permanece inalterado, na ordem de 20% da composição da atmosfera, caso essa concentração aumentar para uma ordem hipotética de 25%, considerando a propriedade comburente desse gás, nosso manto verde junto com demais seres vivos seriam consumidos pelo fogo e caso a concentração desse gás caísse para uma ordem de 15% estaríamos todos nós inconscientes.
Vivemos em um país como nome de árvore, o quase extinto pau-brasil de uma região quase desaparecida do mapa brasileiro a Mata Atlântica, tudo isso nos reporta diretamente ao verde, afinal, maior parte da bandeira nacional é da cor verde, 40% do território nacional é de floresta amazônica. Mas o verde está perdendo seus tons, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que 25% do território brasileiro estão sujeito à desertificação. Com a doença da Mãe Terra que se agrava a cada dia, hoje todas as formas de vidas existentes e conhecidas estão com sua sobrevivência ameaçada.
No ano de 2009 o dia 22 de abril Dia mundial da Terra, transformou-se no Dia da Mãe Terra, que ao invés de apenas uma data de atividades pontuais que se una há outras datas como o 5 de junho Dia mundial do Meio Ambiente e Dia Nacional da Ecologia , seja o marco inicial de recuperar os tons de verde da natureza.
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¹ Ambientalista, Biólogo, Professor, Palestrante e um dos 7 bilhões de filhos da Mãe Natureza (Gaia).
Este obra foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
CINQUENTA TONS MAIS ESCUROS DE POLUIÇÃO
Eduardo de Almeida ¹
Á
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gua, monóxido de dihidrogênio, hidróxido de hidrogênio, óxido de hidrogênio ou ácido hidroxílico, independentemente do nome sua forma molecular é H2O, isto é, duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio, é a fonte universal de vida, afinal sem a presença desse elemento nada o que conhecemos como seres vivos existiriam. Por exemplo, o ser humano tem algo em torno de 70% de sua constituição de água em outros seres vivos essa concentração pode chegar até próximo a 99%. Associamos a água sempre há um de seus estados, o líquido, mas devemos lembrar que ela pode ser sólida ou gasosa. No estado sólido lembramos logo das regiões dos polos norte e sul do planeta Terra, de grandes geleiras, ou a ameaçada Groelândia pelo fenômeno do aquecimento global e nos reportarmos para uma das fases da história da Terra, as conhecidas eras do gelo, atualmente essas regiões de gelo ocupam algo em torno de 10% do planeta, mas em outras épocas por volta de 20 mil anos atrás ocorreu à última, onde 30% das terras e mais de 30% dos oceanos estavam congelados, Já no estado gasoso tem sua importância no ciclo hidrológico, afinal é nesse estado, graças à evaporação e transpiração ou na união de ambas na evapotranspiração que ela alcança a camada da troposfera, lugar onde os fenômenos climáticos ocorrem, nessa camada com maior distância de 13 quilômetros do solo, aonde a água em forma de vapor chega, formando os aerossóis que denominamos de nuvens e através disso contribuem com a precipitação na Terra.
Mas essa água de três características principais e inconfundíveis atribuídas a sua transparência e suas singularidades de odor e sabor, isto é, as tais incolor, insipida e inodora, mas pergunto é isso que verificamos atualmente em rios e lagos? Dois processos distintos, mas que se complementam e contribuem ambos para que a água tenha sua qualidade afetada, primeiramente pela contaminação, que é tornar uma substância suja, prejudicial ou impura pela adição de outra substância. Mas quem é essa substância indesejável que torna a água imprópria para a vida, essa se denominou de contaminante, dependendo da concentração desse a parte viva, isto é, a biótica do ecossistema aquático ainda consegue se estabelecer, graças sua capacidade de resiliência, mas a questão que preocupa é quanto o contaminante transforma-se em um poluente, substância que é prejudicial e tóxica à vida dos seres vivos, alterando também a parte abiótica da água, isto é, porção não viva onde estão os elementos químicos que constituem essa importante substância da vida, transformando a contaminação em poluição, onde uma mudança indesejável no ambiente ocorre com a introdução de concentrações exageradamente altas de substâncias prejudiciais ou perigosas.
Existe a poluição natural que ocorre no caso de uma erupção vulcânica, lançando substâncias na atmosfera ou no caso de seres que morrem no meio aquático, até por excrementos de animais no solo ou na água. Mas a ação humana acaba por colocar cinquenta tons mais escuros de poluição, nas límpidas águas do planeta. O homem contribui com a degradação ambiental global, lançando o que denominamos de poluentes primários, isto é, substâncias que são prejudiciais quando emitidas diretamente no ambiente, exemplo disso é o monóxido de carbono na atmosfera ou lançamento ou vazamento de petróleo ou óleo na água.
Água nosso recurso natural mais abundante, mas também mais ameaçado, aproximadamente são mais de 1400 milhões Km³ existentes no planeta Terra, mas apenas por volta de 2, 8% estão disponível na forma de água doce, sendo o restante em sua quase totalidade de águas salinas ou salobra. Para melhor compreender, é possível comparar a 1000 litros, onde 975 litros seriam os oceanos equivalendo 97,5% desse total e por volta de 150 mililitros estão o que seriam os rios e lagos equivalendo algo de 0,015%. O Brasil é detentor a nível mundial de 12% da água doce disponível no mundo, mas desse total brasileiro de 12%, informo que 9,5% está na região amazônica do país, onde apenas se concentra 5% da população e dos 2,5% do total restante da água nacional está nas demais regiões onde 95% da população brasileira habita.
Com esse cenário no Brasil, a cidade de Porto Alegre, é um exemplo na busca de soluções, está concluindo o Programa integrado Sociombiental (Pisa), tratando o esgoto da população da capital gaúcha, e consequentemente buscando a qualidade da água doce disponível para o consumo, com a nova Estação de Tratamento de Esgotos da Serraria serão tratados os detritos coletados nas bacias dos arroios Dilúvio, Cavalhada, Capivara e do Salso, assim trazendo novamente a qualidade das águas desses importantes corpos de água que contribuem com o Lago Guaíba. Devemos unir a data do Dia de Combate a Poluição no dia 14 de agosto, onde se dedica uma reflexão e a busca de soluções contra a poluição atmosférica, hídrica, do solo, sonora, visível, térmica e luminosa, com o dia 22 de março dia Mundial da Água, e buscar cada vez mais tons claros para nossas águas.
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¹ Ambientalista, Biólogo, Consultor, Palestrante e Professor.
Este trabalho de Eduardo de Almeida, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
* Eduardo de Almeida
Chego ao terceiro texto da trilogia Cinquenta Tons..., depois de falar dos tons de verde das florestas e dos tons de cinza da poluição, chego ao final da ideia de textos, dessa vez motivado ao ler a seguinte informação: A Alemanha é um país pobre em reservas naturais de petróleo, porém, rico em carvão vegetal”. Com base nisso pensei como seria a ideia de sustentabilidade em relação ao esse recurso, descobri nas palavras de Leonardo Boff em seu livro sobre Sustentabilidade, onde em 1713, onde o Capitão Hans Carl von Carlowitz, propunha o uso sustentável da madeira. Seu lema era: “devemos tratar a madeira com cuidado, caso contrário, acabar-se-á o negócio e cessará o lucro. Mais diretamente: “corte somente aquele tanto de lenha que a floresta pode suportar e que permite a continuidade de seu crescimento”. A partir dessa consciência os poderes locais começaram a incentivar o replantio das árvores das regiões desflorestadas. As ponderações de ontem conservam validade até os dias de hoje, pois o discurso ecológico atual usa praticamente os mesmos termos de então.
Também em meus estudos descobri que princípios de logística reversa e de reciclagem já eram utilizadas antes do que se tem ideia. A preocupação com a produção mais limpa data da década de 20, com Herry Ford em seu livro Today and Tomorrow (Hoje e Amanhã), de 1926, quando Ford salientava que em primeiro lugar deve-se evitar o desperdício e em segundo lugar reutilizar os restos. Com isso, o pensamento dos empresários passou a ser “recolher e reaproveitar sobras é bom”; planejar para que não haja sobra melhor”. Como exemplo, Ford aproveitava os caixotes de madeira dos insumos da produção, do famoso modelo T, retornando-os ao departamento de recuperação de madeira.
A conhecida bandeira da reciclagem onde aparece o ciclo das três setas que se tornou o símbolo universal dessa surgiu em um concurso feito pela empresa Container Corporation of America de Chicago, para contribuir com a celebração do primeiro Dia da Terra em 1970. O ganhador e criador do símbolo foi Gary Anderson, um estudante de 23 anos na época.
Assim, para que haja uma harmonia entre o meio ambiente, é necessário que a tecnologia e a engenharia de processos sejam mais limpas, levando em conta que a vida humana agora é inseparável das atividades das empresas.
Existem mais de 50 tons de sustentabilidade atualmente basta observar que cada vez a humanidade está algemada a sustentabilidade ambiental numa relação de amor com a geração atual e as demais que estão por vir.
* Biólogo, Professor e Palestrante.
Cinquenta Tons de Sustentabilidade de Eduardo de Almeida é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
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OUTROS ARTIGOS.
ECOEFICÁCIA ...é assim que vejo o Mundo
* Eduardo de Almeida
Tenho por hábito e por dever de profissão cercar-me de pessoas que pretendem aprender algo com a minha presença, e nessas conversas muitas vezes em sala de aula, quando sou perguntado sobre a atual situação ambiental do Brasil e do Mundo, sempre respondo que estamos vivendo a fase de ouro do meio ambiente, e isso sempre causa espanto e surpresa num primeiro momento para quem escuta minha resposta, mas logo entendem minha posição, afinal complemento minha opinião pelo fato que nas últimas quatro décadas nunca o meio ambiente ocupou tanto destaque como nesse período, foram Conferências Mundiais, surgimento de órgãos fiscalizadores, criação e aperfeiçoamento de Leis ambientais, a discussão do tema foi para as salas de aula, para as empresas e para os governos. Nunca se cuidou e melhorou as condições ambientais do Planeta como atualmente, só no Brasil a criação do IBAMA em 1989, o Estudo de Impacto Ambiental e seu relatório conhecido como EIA/RIMA na resolução do CONAMA nº 001/86, o Licenciamento Ambiental na resolução do CONAMA nº 237/97 a Política Nacional do Meio Ambiente em 1981 , Política Nacional de Educação Ambiental em 1999 a Lei dos Crimes Ambientais em 1998 , Política Nacional dos Resíduos Sólidos em 2010 ,saliento também a nossa Constituição Federal de 1988, no seu artigo 225. E citarei como marco a Conferência da ONU de 1972 e suas outras como a Rio 92 e suas posteriores. Vivemos o tal Desenvolvimento Sustentável aperfeiçoado dia-a-dia, pessoas e empresas estão cada vez mais conscientes de sua responsabilidade ambiental, hoje as tecnologias são feitas para não poluir, consequentemente verificamos menos poluição do ar, das águas e do solo, afinal hoje se fiscaliza e claro se exige instalações de equipamentos para tratamento de efluentes, de controle de emissões atmosféricas, atualmente as cidades investem cada vez mais em saneamento básico, se busca cada vez mais na ciência as soluções para questões ambientais e com base nisso até os combustíveis hoje em dia, tem seus impactos minimizados ou até eliminados, e assim verificamos que a sustentabilidade tão discutida já está acontecendo.
Nessas minhas conversas defendo sempre a ideia da ECOEFICÁCIA, em diminuição da ecoeficiência, sempre explico que a relação entre eficácia e eficiência é muito intensa. Normalmente processos eficientes (eficiência) levam aos resultados desejados (eficácia), mas podemos fazer certo as coisas erradas ou vice e versa, o que que representaria muitas vezes eficiência mas não eficácia ou vice e versa. Um bom exemplo é um time de futebol, um que utiliza os melhores métodos – eficiência dentro de campo (dribles, passes precisos, etc.)- pode começar e terminar uma partida sem ter feito gol, isto mostrou um grupo eficiente, mas não foi eficaz (já que não fez o gol!). Outro time, por exemplo, pode ter baixo nível técnico e terminar uma partida ganhando de 3x0 de seu adversário, já nesse caso o time foi ineficiente (técnica pobre), mas atingiu seu objetivo e por isso foi eficaz. Uma ótima dica de leitura que recomendo é o livro “Do berço ao berço” dos autores Mcdonough e Braungart, a ideia do berço ao berço começa onde a ecoeficiência acaba, isto é, conforme os autores, é apenas fazer um sistema ruim ficar um pouco menos ruim. As ideias-chave do livro é que em vez de projetar produtos para minimizar os impactos negativos (como faz a ecoeficiência), deveríamos projetá-los para ter impactos positivos (ecoefetividade), que eu denomino de ecoeficácia, outra grande ideia do livro e que precisamos projetar com o futuro em mente, em vez de ficarmos presos a mediocridade do passado.
Para fundamentar minha posição que estamos vivendo os melhores dias do Desenvolvimento Sustentável , uso as ideias-chave propostas por Lomborg no livro “O ambientalista cético”, que muitas reclamações atuais sobre a situação mundial são excessivamente pessimista, e tem por base dados sobre o ambiente analisadas e apresentadas de forma distorcidas ou enganosas, também cito o pessimismo predominante tende minar a confiança em nossa capacidade de solucionar os problemas que nos afetam diretamente. Para finalizar minha colocação, como diria Raul Seixas: “ E para aquele que provar que eu tô mentindo eu tiro o meu chapéu”.
* Biólogo, Professor e Palestrante.
ECOEFICÁCIA ...é assim que vejo o Mundo de Eduardo de Almeida é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Recentemente um jornal de grande circulação no Estado do RS, em seu caderno dedicado as questões ambientais, divulgou um indicador socioeconômico que considera riqueza e bem-estar, denominado de Felicidade Interna Bruta (FIB). Adotado no Butão, pequeno país entre a China e Índia na região da cordilheira do Himalaia, esse índice é baseado em nove dimensões, entre elas, chamo a atenção para a “resiliência ecológica”, que mede a percepção dos cidadãos quanto à qualidade da água, do ar, do solo e da biodiversidade. Os indicadores incluem acesso a áreas verdes, sistema de coleta de lixo entre outros.
O termo resiliência tem sua origem na área do conhecimento da Física, também utilizado na Psicologia e muito trabalhado quando se fala em Ecologia, de regra o termo é definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas, mas sobre o olhar ecológico o termo é a capacidade de um sistema restabelecer seu equilíbrio após este ter sido rompido por um distúrbio, ou seja, verifica sua capacidade de recuperação.
Com isso nossa Cidade busca sua resiliência, afinal, fato eminente é que Porto Alegre será sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014, tamanho impacto do fato, fez se repensar na sustentabilidade ambiental da cidade, grande avanço nesse olhar, está sendo o Programa Integrado Sócio Ambiental (PISA), que vai possibilitar um salto na questão dos esgotos, grande causador da degradação ambiental, com a conclusão do programa cujo principal objetivo é ampliar a capacidade de tratamento de esgotos da Capital de 27% para 77% até 2012.
Com isso começamos a resgatar um importante ponto de referência da cidade o Lago Guaíba, a implantação do Pisa busca a ação da balneabilidade das águas do Guaíba até 2028, com redução de mais de 99% dos coliformes fecais lançados na extensão, que vai desde a foz do arroio Dilúvio até a praia de Ipanema. O sistema de abastecimento de águas também será melhorado, devido à redução da carga de poluentes orgânicos e da densidade de coliformes na água captada. Nessa mesma linha vamos ressaltar o sistema de coleta de lixo seletivo e automatizada de resíduos orgânicos, grande avanço na questão do gerenciamento de resíduos sólidos e claro com o sistema de contêineres, contribuindo para uma estética positiva para ao acondicionamento dos resíduos até sua coleta pelos caminhões.
Com esses avanços começamos a perceber que nossa cidade está pronta para o futuro, com base forte na sustentabilidade, exigindo um novo olhar dos seus habitantes e visitantes, estamos no desafio de nos tornarmos cidadãos ambientalmente responsáveis, sendo assim é imprescindível no nosso dia-a-dia, conhecermos a Educação Ambiental como ferramenta de transformação, assim nos sensibilizamos e conscientizamos do nosso papel e compromisso com as gerações futuras, agindo assim vamos perceber que é possível termos o FIB , em que o crescimento de uma sociedade não pode ficar restrito ao crescimento econômico, mas deve integrar finanças e qualidade de vida, e essa última ligada a valorização do meio ambiente, afinal o Brasil é a sexta economia do mundo, mas fica a pergunta qual é nossa qualidade de vida na esfera ambiental e como consequência nosso índice de felicidade?
¹ Ambientalista, Biólogo, Consultor, Palestrante e Professor.
Este trabalho de Eduardo de Almeida, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
COMERCIALIZANDO O CONHECIMENTO OU VENDENDO O DIPLOMA?
Por volta de 360 a.C o jovem Aristóteles vindo da cidade de Estagira na Macedônia chega a Atenas na Grécia para estudar na academia do filósofo Aristócles, esse mais conhecido pelo apelido de Platão, entre inúmeras ideias de Aristóteles uma em especial salienta o espírito acadêmico, quando ele escreve: “Todos os homens, por natureza, almejam o conhecimento”. Mas a dúvida que surge dois mil e quatrocentos anos depois é, se o homem continua almejando o conhecimento ou apenas a formação por meio de um diploma acadêmico? A democratização com cara de facilitação do maior número possível de alunos no ensino superior do Brasil, principalmente o ingresso em instituições de ensino privado de massa, que através da onda do ensino à distância , modalidade prevista na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em vigor desde 1996 , permitiu nos últimos anos diversas faculdades e centros universitários que idealizaram os tais polos de apoio em diversas regiões dos vinte e sete estados do Brasil, criando em cada esquina das grandes ou até mesmo em pequenas cidades , as tais popularmente denominadas “Uniesquinas”, oferecendo formação a curto prazo, mais rápida não no sentido de velocidade e sim de pressa, isto é, oferecendo uma formação apressada, que certamente ainda irá causar grandes problemas em um futuro próximo, cursos com dois ou três anos de duração, em modalidade a distância ou semipresencial, capaz em um único semestre o aluno cursar muitas disciplinas, sendo que cada disciplina tem no máximo um mês de duração ou melhor dizendo quatro encontros, isto mesmo, são quatro aulas presenciais, quando ocorrem, ou muitas vezes é tudo via internet, onde assuntos são trabalhados e vistos, em relação a uma disciplina no modelo presencial de ensino com duração de seis meses com no mínimo dezoito aulas e mais as datas destinadas para as provas, a dúvida que fica é: se muitas vezes em um semestre uma disciplina deixa a desejar no que se refere a formação do aluno e do conteúdo trabalhado, imagina uma disciplina apresentada, desenvolvida e avaliada em um único mês? Tomem como exemplo a disciplina de estatística, em um mês o aluno vê, método estatístico, escalas, proporção, porcentagem, arredondamento, amostragem, tabelas, gráficos, medidas de distribuição, média, moda, mediana, medidas de dispersão, desvio padrão e coeficiente de variação, e por aí vai, a dúvida é qual a qualidade no processo de ensino e aprendizagem numa metodologia assim? Mas é fato que é assim mesmo, que o aluno-cliente vai seguindo sua frágil e deficiente trajetória acadêmica apressada, que ocorre quase simultaneamente com as fases da Lua que ocorre em cada vinte e nove dias e meio, afinal uma disciplina tem praticamente a duração entre as fases crescente, cheia, minguante e nova, podemos dizer que ao final junto com a” Lua Nova” uma nova disciplina inicia.
Hoje verifico que muitos jovens querem apenas o título, o mais rápido e a menos trabalhoso possível, isto também inclui a forma de ingresso, onde algumas instituições de ensino clientelistas de massa, basta apenas apresentar conclusão do ensino médio e pagamento da taxa de matricula e pronto! virou acadêmico, o negócio é ter o tal “canudo universitário”, a dúvida é que profissionais estão sendo colocados no mercado, que contribuição esse novo tipo de profissional de formação apressada irá dar a sociedade? Afinal é tentador o apelo pelo ensino nessa modalidade oferecido por diversas instituições que surgem a cada dia, fazendo o ingresso em instituições de ensino conhecidas e renomadas como algumas universidades públicas e privadas um martírio, afinal vestibular se tornou algo cruel, e o apelo da tal acessibilidade, o ritmo personalizado e a tal economia de tempo junto com dinheiro é um convite e tanto. Para auxiliar na captação de novos alunos, essas instituições mercadológicas, apelam para mídia, onde colocam atores Globais, para fazerem o marketing das vantagens em estudar numa instituição assim, passando uma mensagem quase subliminar que o estudante da instituição de ensino comerciária é tratado como cliente de empresa que sempre está com a razão.
O negócio é lucro na certa, cada vez mais esses polos de ensino tem alunos, lotando salas de aula, com custo operacional minimizados, professores viraram os tais tutores, não lecionam e sim fazem a mediação de um pacote fechado de ensino e aprendizagem, assim hoje se contrata graduados ao contrário de mestres e doutores, afinal a mediação nesse modelo de instituição e de ensino pode ser feita quase que por qualquer um capaz de seguir uma cartilha. Isto mostra que em tempos de capitalismo educacional, o sonho pessoal de se formar em um curso superior se tornou uma possibilidade franqueada a todo indivíduo capaz de pagar uma mensalidade em uma instituição de ensino privada adepto da lógica comercialista. Afinal são empresas, com títulos na bolsa de valores que resolveram vender o tal conhecimento, no Brasil está ocorrendo também o monopólio da venda do saber apressado, grupos compram diversas instituições de ensino emergentes em negócios milionários, por exemplo o Grupo X, é dono das instituições A, B e C, assim elimina concorrência. Afinal o aluno-cliente, tanto faz se ele optar pela instituição A, B ou C, o lucro sempre vai chegar ao Grupo X, afinal contrariando Filósofo Protágoras de Abdera em que “O homem é a medida de todas as coisas”, digamos que nessas instituições “O dinheiro é a medida de todas as coisa, e o lucro, seu objeto principal”. O ensino passa assumir a forma de “objeto” de algo que pode ser vendido, quando na verdade o que se compra é o diploma, e não o conhecimento. É só lembrar os comerciais que rodam na televisão com ênfase na seguinte frase:” Diploma igual ao do presencial”, fica claro o objeto de venda não é o conhecimento e sim o diploma.
Entramos em um novo modelo educacional ou de se negociar conhecimento, o qual os estudiosos na área costumam denominar de um novo paradigma, esse parece ser o vestíbulo do inferno, afinal ainda estamos no limite em entrar ou não nesse, ainda temos a esperança como escolha, afinal: “Deixai toda esperança, vós que entrais” é o que se lê na porta do inferno, segundo Dante na primeira parte da Divina Comédia em seu Canto III, basta lembrar que já no Limbo encontra-se o filósofo citado no início do texto, no primeiro círculo do inferno, onde estão os virtuosos, que inclui outros também conhecidos filósofos, citados no Canto IV dessa obra de Dante, a dúvida é: esse paradigma nos levará ao Paraíso do ensino superior, ou irá tornar esse um Inferno sem esperança?
Vejo cursos nas diversas áreas em instituições de ensino de massa e com face a porta do inferno, cursos por exemplo de administração, contábeis,gestão, saúde, etc...todas nessa modalidade de “apressamento” da formação, o que mais me preocupa é a formação de novos professores para a educação básica, criados nessa nova onda universitária, sabemos que para formar um professor leva em consideração muitos fatores, principalmente o tempo, para adquirir conhecimentos básicos e aplicados, realizar o estágio em docência para enfim ser um “Professor”, a dúvida que surge é que tipo de professor vai estar nas escolas de todo o Brasil com base nessa formação apressada? Estamos numa mudança de paradigma acerca da flexibilização do acesso ao ensino superior que está ocorrendo por questões simplesmente mercadológicas e é sempre válido lembrar aquele dito popular: “O apressado come cru”.
* Professor Universitário
Este trabalho de Eduardo de Almeida, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
TIRANIA COMO FONTE DE
NIILISMO NO ENSINO
*Eduardo de Almeida
Entre as diversas formas de poder, podemos dizer que a democracia é a forma menos pior conhecida, apesar de gerar idiotas, aqui no Brasil desde o marechal Deodoro da Fonseca a atual “presidenta” Dilma Rousseff , quarenta e duas pessoas passaram pela cadeira da Presidência, prevalecendo o regime da democracia em sua maior parte, com períodos de exceção, marcados pela ditadura, mas em todos esses momentos tivemos figuras de tiranos ocupando ou melhor dizendo sentados nessa cadeira, desde a monarquia tanto aqui no Brasil como pelo mundo todo , onde o governo em alguns casos ainda é exercido pelo poder de um, por isso, o prefixo “mono”, algo que gosto de relatar é na monarquia Russa, que por mais de quatro séculos viveu um sistema político que concentrava todo o poder nas mãos de uma única figura, representada pelo seu Czar, em especial um exemplo de tirano clássico, o Czar Ivan, conhecido como “o terrível”, que em 1547, esse centralizou o poder em torno de sua figura, colocando o poder secular e religioso nas mãos de um único soberano autocrático que governa sem qualquer tipo de restrição à sua autoridade, que prato cheio para ser um tirano numa situação assim, o que você acha?
Mas o que é a monarquia
em relação por exemplo, a aristocracia, o termo aristocracia significa, governo
dos melhores afinal o prefixo “aristo” podemos traduzir como os “melhores”, os “virtuosos”,
entre outros adjetivos, de regra algo de número limitado de pessoas, que
tradicionalmente mais por títulos de sangue do que por outros motivos, seriam
detentoras desse tipo de poder, e claro fica aqui o entendimento do sufixo
“crácia”, significa poder, força ou até mesmo governo. De regra, pelo motivo,
de ser um tipo de governo de poucos para governar muitos, provoca também abuso
desse poder sobre os demais, claro que na idade antiga a tirania não tinha
caráter de crueldade, e sim de um usurpador com poder
supremo. Os governantes que conhecemos como tiranos foi um grupo de indivíduos
que tiraram o poder das cidades-estado gregas das mãos das aristocracias
governantes, durante levantamentos da classe média nos séculos VI e VII a.C.
Fica claro que um tirano também pode tirar o poder de um tipo de governo, e a
tirania também pode ter objetivos nobres, em muitos casos, esses queriam facilitar a vida das pessoas comuns, executando ambiciosos
programas de trabalhos de construção pública para prover emprego e amenidades para
os cidadãos mais pobres. Alguns dos mais conhecidos Tiranos foram Cipselo (e depois e filho dele,
Periander) de Corinto, Cleisthenes de Sicyon, Pheidon de Argos, Polycrates de
Samos e Pisistrato e o seu filho Hippias de Atenas. Mesmo assim, o governo dos Tiranos era
incerto e estava submetido a constantes ameaças da aristocracia, que
desesperadamente queria ganhar o poder de volta – muitas vezes com a ajuda dos
seus aliados, os poderosos espartanos. Afinal os espartanos também seriam
tiranos em relação aos seus membros? Tendo como base da sua educação formar soldados,
então se a criança fosse por exemplo pequena, doente, frágil, etc.... era
descartada, e os saudáveis logo seriam tirados de suas famílias e treinados
como soldados prontos a entregar suas vidas para Esparta, isso tudo, é bem
representado no início do filme 300, que mostra o momento histórico, da luta
entre o exército do espartano Leônidas contra o exército Persa comandado por
Xerxes , que atualmente está com sua sequência nos cinemas, mostrando os 150
anos que se seguiram de grande esplendor para a civilização grega, mas claro
fica para você descobrir que tiranos também surgiram nesse período de ouro
grego.
Então chegamos na
democracia, o prefixo “demos” do grego significa povo e “Kratos” ou crácia,
visto anteriormente significa também autoridade, isto é, seria o governo do
povo, com o povo, para o povo, falando assim, caímos na demagogia, e essa
também muitas vezes associada de forma negativa, mas também vem do grego
“demos” povo e “agogos” , o que conduz, então antes de pensar que demagogo é
algo negativo lembre-se da neutralidade desse, afinal ou originalmente, o
demagogo é o condutor do povo, e claro pode levar tanto para o bem o para o
mal.
Vivemos a democracia
aqui no Brasil, como algo em construção recente, em alguns casos a democracia
conforme o filósofo brasileiro contemporâneo Luiz Felipe Pondé, citando
Tocqueville em seu livro Guia do Politicamente Incorreto da Filosofia: “Nela as
pessoas são estimuladas a ter opinião sobre tudo, e a afirmação que de que
todos os homens são iguais [...] leva as pessoas mais idiotas a assumir que são
capazes de opinar sobre tudo”. Nesse momento surge o tirano em sala de aula, o
abuso do poder, dessa vez não pelo lado do professor, já que esse perdeu fé
pública, destituindo dele a condição de implantar tirania, aniquilando de vez a
hipótese de poder docente, quando houve a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente
que impede o professor até mesmo de chamar atenção do aluno, no caso na educação
básica que atende essa faixa etária considerada em nossa sociedade, uma criança
e ou um adolescente, tudo isso o ECA vem mudando na escola, implantando um ensino e uma
educação mais Politicamente Correta, mas o que seria o correto? Mas o abuso
também vem de salas de aulas do tão mercantilizado ensino superior privado de
massa, como exemplo cito uma aluna adulta que insatisfeita com sua nota, mas
com o poder da democracia em mãos - vejam aí o perigo que a democracia favorece
-, iniciou seu discurso ao demais colegas de turma durante uma aula minha,
dizendo a frase mais cretina: “já que estamos numa democracia” ... que iria falar
e contestar publicamente a nota atribuída pelo professor, esse “ser” sem
piedade, citado, sou eu, que pela mesma aluna teve a contestação da nota por
outro meio da democracia em massa, as famosas redes sociais, onde meu
julgamento e minha nota, na cabeça da aluna era coisa de “imbecil”, termo assim
postado numa rede social popular dos dias de hoje, esse elogio ao professor foi
parar na rede, digamos uma espécie de tirania virtual ou em termos mais
contemporâneos cyberbullyng, minutos após lançamento das notas no sistema da
instituição de ensino, eu após ler primeiramente a postagem e na sequência no
outro dia ouvir o discurso democrático, mas idiota em sala de aula , afinal “idiota”
como diziam os gregos antigos, há mais de 2500 anos, era aquele que olhava para
o próprio umbigo, por isso o prefixo “id” que significa próprio, era o caso da
aluna citada, que apesar de não ter participado da atividade, o que
automaticamente já era o suficiente para ela ficar calada, contestava “democraticamente”
sua nota, por fim, para não fragilizar o poder desse, já não tão tirano, do
professor em sala de aula, mantive a nota, afinal não poderia enfraquecer o
poder de decisão docente, mas fica o exemplo de tirania em sala de aula, cada um
dos personagens abusando do poder dentro de suas percepções de mundo, o da
idiota da aluna que acredita ter razão e do sábio do professor, conhecendo que sua decisão foi a mais correta
naquela ocasião.
Quando o tirano vê seu
abuso enfraquecido, ele entra em maior ou menor grau de niilismo, isto é, deixa
de acreditar, esse deixar de acreditar possibilita o surgimento de novas formas
de tirania, afinal se eu não acredito e entrego meu poder, certamente outro irá
criar um novo poder. Grandes personagens da história vivenciaram um niilismo,
por exemplo Karl Marx, com toda sua filosofia política, com abordagem sobre o
comunismo, o tornou um dos maiores pensadores do século XIX, em realce sua
célebre obra “O manifesto comunista” de
1848, não o impediu de ser vítima da tirania, onde o levou ao exílio em Londres
pelo resto de sua vida, ele e a esposa viviam em extrema pobreza, certamente
vivendo o maior grau de niilismo em relação a sociedade que um dia ele pensou
de forma ideal e perfeita, sendo que esse quando morreu aos 64 anos, apenas
onze pessoas o velaram em seu funeral. Outro grande personagem que vivenciou
tal experiência foi Friedrich Nietzsche, apesar de sua abordagem existencialista,
deparou-se com o niilismo de sua vida, primeiramente ao afirmar que Deus estava
morto, através de seu personagem Zaratustra, no livro, “Assim falou Zaratustra”,
escrito entre 1883 e 1885, sua experiência com a tirania do próprio poder de
não acreditar em Deus e nos homens, levou esse ao colapso mental, do que nunca
se recuperou, quando morreu em 1900, aos 56 anos. Vivemos num mundo de
constante atualizações, ocorrendo isso cada vez mais velozmente e em muitos
casos mais apressadamente, vivemos cada vez mais querendo o “poder” de forma mais
rápida possível, afinal temos pressa em nos tornamos a cada dia mais idiotas em
relação ao poder, e facilmente e apressadamente também deixamos de acreditar
nas coisas. Em tempos de niilismo filosófico do verdadeiro “à toa” como locução
adverbial de tempo, isto é, sem rumo certo, sem destino, sem fazer nada, tudo
isso em relação a vida e também um “à-toa” com hífen de locução adjetiva, isto
é, sem valor, desprezível, sem moral em relação ao futuro. Enfim, a democracia
nos permitiu isso.
*
Professor
Este trabalho de Eduardo de Almeida, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
O PROBLEMA É “EMERGENCIAL”
* Eduardo de Almeida
Minha principal bandeira como
cidadão atuante é o ensino de qualidade, sempre costumo dizer aos meus alunos
que ensino de qualidade, apresenta diversas faces, que compreende as políticas
públicas de educação de um Estado, da infraestrutura dada ao ensino daquela
região, da distribuição de recursos financeiros oferecidos e claro o ponto
principal, que eu trabalho a formação de professores, atuo há mais de cinco
anos exatamente na formação de novos professores na graduação ou na educação
continuada desses em cursos de pós-graduação. Um mecanismo que os governo em
especial o do Estado do Rio Grande do Sul vem realizando há anos é o contrato temporário
emergencial de professores, sendo que a solução que parece ser no início, acaba
por ser nociva aos estudantes, há anos se vem recrutando estudantes de
graduação para assumir a docência na educação básica pública, muitos desses
profissionais ainda não possuem o mínimo necessário para o desempenho docente de
qualidade. Mas o Governo realizou nos anos de 2012 e 2013, megaeventos em busca
de professores de qualidade, isto é, a realização de “concursos públicos”,
quero me deter no último concurso de 2013, sendo que o Governo ficou com 13 mil
novos professores habilitados via concurso, onde em 2013 o Governo garantiu a
convocação de 5 mil destes já antes do início do ano letivo de 2014.
Mas o Governo ainda nem cumpriu
promessas de campanha é só lembrar da luta do Rio Grande do Sul pelo pagamento
do piso nacional do magistério, mas minha maior surpresa para esse filho de
Gepeto e irmão do Pinóquio chamado Governo , que ao invés de chamar seus
professores concursados o Governo lança novo edital de contratação emergencial
de professores, aí meu medo em relação aos governantes aumentou , eles nem
entendem porque se realiza ou porque se convoca um contrato emergencial, afinal
se o caráter de emergência deixou de existir já que existem professores
aprovados em concurso o que o Governo pensa estar fazendo?
Vou pegar por exemplo a 1ª CRE de
Porto Alegre, no Edital do concurso de 2013 para professores de Biologia abriu
41 vagas, fica claro que o Governo possuía um quadro de vagas para criar a
disponibilidade de vagas do concurso, certo? O interessante que até a terceira
chamada desse concurso foram convocados nem 20% do número de vagas de aprovados
sendo que a promessa era de 40% dessas vagas logo de início em 2014, e o que o
Governo faz é lançar novo edital de contratos de professores, inclusive na 1ª
CRE e para a disciplina de biologia. Pergunto: E os aprovados do concurso?
Esses estudaram passaram por prova escrita de conhecimentos e prova de títulos para
ingressarem da carreia pública do magistério e oferecer seu melhor para o
ensino público e gratuito. Parece que o Governo desconsidera esses
trabalhadores e claro convocando e fazendo os já nomeados trabalhar além de
suas 20 horas, mais 20 horas de convocação, tudo isso afeta diretamente a qualidade
do ensino, então minha bandeira hoje além de ser do ensino público, gratuito e
de qualidade também é que chamem todos aqueles que realizaram concurso e foram
aprovados e acabe de uma vez com esses contratos emergenciais que agora não são
necessários, o Governo ainda não se deu conta que além de 13 mil aprovados são
13 mil eleitores, os mesmo que eles precisam para assumir seus cargos no pleito
de 2014.
*Professor
NADA ALÉM DO BÁSICO
·
Eduardo
de Almeida
Já
dizia Carl Sagan: “Para mim, é muito melhor compreender o universo como ele
realmente é do que persistir no engano, por mais satisfatório e tranquilizador
que possa parecer”. Mas vejo que muitos principalmente a nova geração de
professores, desejam assim ficar no engano, julgando no seu entendimento o que
deve ser aprendido para ser um bom professor é aquilo que lhe parece ser mais
fácil entender e fazer, sem refletir que ele está em processo de construção
profissional e o que ministrado nos cursos de formação de professores é o que
se espera para contribuir nas competências desse aluno quando o mesmo estiver
realizando seu ofício de professor. Fato observado e divulgado pelo professor e
escritor Valdo Barcelos da UFSM na ZH de 13 de maio de 2014, em seu artigo com
o título Má Educação, salienta que: “temos professores que escrevem e leem mal”,
completo essa afirmação do professor universitário, acredito que pela qualidade
oferecida na formação desses e claro da falta de comprometimento desses
enquanto alunos também contribuem para o
fato observado, onde na pesquisa, que compreendia um ditado de 30 palavras de
uso corrente no cotidiano de qualquer pessoa, levando em análise quem cometia
mais de sete erros seria reprovado, mais de 41% dos participantes foram
reprovados, analisando diversos cursos e o pior colocado foi o curso de
pedagogia onde 86% teve reprovação, o preocupante é justo curso que forma
professores para alfabetização, mas acredito na minha opinião essa situação
também estar presente em outros cursos de licenciatura.
Quando
se fala em qualidade do ensino oferecido pela rede pública na educação básica
com base nos índice de desempenho desses alunos, logo nos referimos também a
formação dos professores que nela atuam, quem são esses professores e qual foi
sua formação acadêmica para que hoje atuem na educação das novas gerações?
Gostaria de uma breve reflexão sobre “vida”, não no sentindo biológico, mas sim
na amplitude que o termo carrega, muitos se referem a vida como manifestações
distintas, isto é, dizem terem uma vida
pessoal e uma vida profissional, como a vida fosse passível de divisão, sempre
que tenho oportunidade faço a devida correção a vida é só “uma” mas com
inúmeras faces ou dimensões, ora pode ser profissional ora pode ser pessoal,
mas me referindo a dimensão profissional, aqui relato fato acontecido em minha
trajetória como professor, na ocasião como docente universitário, na formação
de professores de ciências e biologia, onde no modelo semipresencial que exige
do profissional que ali atua uma performance holística de saberes pelo fato de
mediar todas as disciplinas do curso. E presenciei situação que me leva
refletir o que pensam os novos e futuros professores da educação básica
brasileira, afinal na ocasião ministrava a terceira disciplina do currículo,
exatamente estava no 11º encontro de uma turma que iniciei em 2014 e ainda
terão esses alunos mais três anos sob minha tutoria, quando um aluno ou melhor
aluna, questiona o porquê ter que ter aquela disciplina? Mesmo eu respondendo
que a grade do curso é baseada em um parâmetro nacional organizado pelo MEC, e
que aquela disciplina como outra anterior já cursada, é obrigatória nos cursos
de formação de professores, afinal o Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005
no seu capítulo II no artigo 3º a torna obrigatória nos cursos de formação de
professores para o exercício do magistério, vocês ao lerem o texto devem se
perguntar qual a disciplina estou me referindo, bom se a questão ficasse
somente no porquê da disciplina , tudo bem...mas a mesma aluna usou outro termo
para a disciplina ao falar que disciplina é CHATA, e insistir até de como a
avaliação da mesma deveria ser feita, de uma forma que todo o exemplar
professor repudia, afinal novamente escuto em sala de aula a cretina frase:“Quem não cola, não sai da escola”.
O que realmente me perturba é o fato que a
disciplina é essencial para um bom desempenho do professor na sua prática com
os alunos, cada vez estamos numa escola mais inclusiva, então cabe o professor
também conhecer nesse caso em especial atenção a cultura surda e valorizar
esses alunos, que no Brasil com dados do IBGE no ano de 2012 em uma população
total composta por mais de 193 milhões de pessoas mais de 5 milhões são estimados
como o número de surdos e pessoas com grande dificuldade para ouvir no Brasil.
Então cabe a nós professores sermos o canal da inclusão e cabe aos alunos e
futuros professores perceberem que para se subir na escada do saber cada degrau
é necessário, não pule etapa e muito menos pense que está ou aquela disciplina
é mais ou menos importante ou até dizer de forma equivoca não ser importante e
nada contribuir para sua formação. Afinal são o conjunto desses aspectos que
valorizo em meus alunos que desejam se tornar professores: motivação, empatia,
postura, tomada de decisão, equilíbrio emocional e disciplina, principalmente
esse último item, afinal ter a capacidade de respeitar as
regras, políticas, normas e autoridade estabelecidas e provadas é essencial ao
bom estudante.
·
Professor
Muito bom o blog, recomendo!
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