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segunda-feira, 17 de julho de 2017

SÍNDROME DO DR. WHO

Quem gosta de ficção científica, certamente já ouviu falar ou melhor já assistiu a série de TV mas duradoura do final do XX e até hoje nesse início de XXI, afinal a serie já passou de 50 anos, isto é, em 23 de novembro de 1963 foi o primeiro episódio da série com William Hartnell, o primeiro Doutor, viajando no tempo e no espaço em preto e branco. Nos primeiros anos, a série misturava episódios com fatos históricos com os de ficção científica, mas logo a série se concentrou no futuro e no espaço.
O protagonista da série é o Doutor, um viajante no tempo e no espaço que pode se regenerar antes de morrer e mudar sua aparência física e sua personalidade, ainda que conservando sua história e suas lembranças.

O Doutor é assim, sem nome nem sobrenome. Dessa maneira é como sempre vem se apresentando o enigmático viajante no tempo, um alienígena que, apesar de sua forma humana, pertence ao grupo dos Senhores do Tempo.
Seu nome verdadeiro jamais foi revelado. Ele se chama Doutor porque, em suas próprias palavras, para os Senhores do Tempo "o nome que você escolhe é como uma promessa que você faz".

Como ninguém sabe seu nome, a pergunta constante é:"Doutor quem?" (em inglês, "Doctor who?").

Vamos a biologia da ideia, mas nesse primeiro momento falando de um pouco de psicologia, é comum experimentarmos alguma crise de identidade quando se chega à idade adulta, isto é, quem eu sou realmente, agora pense na versão de si mesmo de alguns momentos atrás. Há algo verdadeiro em você agora que não é verdade do seu eu anterior, sua consciência do problema de identidade, então, segundo você não é a mesma pessoa que o primeiro. Na verdade, a cada instante você fica mais velho (idoso) mas cada você seguinte é de uma idade diferente do que cada você anterior, por isso não são a mesma pessoa. Resumindo, a cada instante uma pessoa desaparece e surge outra.

Então, quem (who) é você psicologicamente, exatamente?

Voltando a biologia pense na sua pele Nosso organismo não para de produzir células, que vão subindo pelas camadas da pele como se fossem uma fila andando, até serem eliminadas. Cada célula é capaz de se manter viva por três a quatro semanas depois de ter sido formada. Passado este tempo, seu destino é um só: se soltar de nosso corpo e cair na forma de pó. Daí o porquê de nossa casa estar sempre com uma fina camada de poeira, mesmo que as janelas fiquem fechadas o tempo todo.
Você troca de pele? Ao fazer essa pergunta não queremos dizer que você seja uma cobra, um lagarto ou muito menos um camaleão. O fato é que você, eu, nós, enfim, toda espécie “humana” troca de pele o tempo todo.
A cada minuto eliminamos mais de 30 mil membranas celulares, nossa pele velha vai sendo trocada por outra novinha. Eliminamos mais de três quilos de pele por ano.

Então, quem (who) é você biologicamente, exatamente?

Isto é, o que você é por fora também é diferente por dentro, sua caixa muitas vezes é pequena em relação ao tamanho de “tudo” que existe dentro de você, você realmente e o TARDIS- nave espacial do Dr. Who, que é o acrônimo em inglês de Tempo e Dimensão Relativa no Espaço. Por fora, ela é uma cabine azul de polícia, semelhante às que existiam nas ruas da Grã-Bretanha nos anos 1960 (ela continha um telefone com o qual era possível se comunicar com a polícia), mas por dentro ela é muito mais do que isso.
Do lado de dentro, ela é uma nave espacial de bom tamanho. Uma frase recorrente na série quando alguém entra na TARDIS pela primeira vez é: "É maior por dentro".
A história diz que as naves dos viajantes no tempo assimilavam a forma de um objeto do lugar ao qual chegavam para não chamar a atenção. Mas a TARDIS do Doutor era defeituosa e ficou com a mesma forma ao aterrissar na Grã-Bretanha. Desde então, se tornou um ícone.
Grande abraço.
Prof. Eduardo de Almeida