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domingo, 30 de outubro de 2016

A Ciência de Star Trek



Por Yara Laiz Souza
Artigo adaptado da NASA
Star Trek completa 50 anos com o seu filme mais recente nos cinemas – Beyond. A série é um show de ciência e pode até mesmo ser considerada visionária por nos mostrar tanto uma alternativa de comportamento humano e tecnologia para um futuro ainda bem distante. Neste texto, vamos listar nove curiosidades da ciência e da tecnologia da série e ver se já há alguma coisa que serviu de inspiração para construções reais.
Comunicadores
Os comunicadores utilizados na série muito se assemelham com os celulares que temos hoje. Porém, não faziam transmissão de imagens como os de hoje, apenas de voz.
Computador de bordo
Os computadores da série tinham um comportamento semelhante aos nossos computadores: pesquisava bancos de dados, mineravam tais dados. A série também previu um pouco da exploração espacial de hoje com computadores especiais ajudando na exploração de planetas como Marte e indo cada vez mais para dentro do espaço profundo.
Um detalhe interessante é a falta de previsão da internet: os computadores de Star Trek estavam focadas em grandes maquinas que trabalhavam de forma independentes e não interligadas por uma rede para troca de dados.
Gerador de matéria e antimatéria
Nas naves da série, anti-hidrogênios congelados são tratados com campos magnéticos para gerar energia. Esta é considerada uma das características científicas mais marcantes de Star Trek. Atualmente, antimatéria em pequenas quantidades microscópicas são produzidas e estudadas para promover a avanço dos conhecimentos da Física. Porém, a geração de energia para naves de Star Trek só é possível na imaginação.
Motores de impulso
Os motores de impulso das naves são baseadas nas reações de fusões. Apesar de não ser algo possível ainda (os foguetes atuais são químicos), é uma tecnologia bastante possível num futuro próximo.
Alguns episódios mencionam unidades íons. Atualmente, russos, americanos europeus e japoneses já usaram motores com transmissões de íons chamados de propulsores Hall. São mais eficientes do que os foguetes químicos e são capazes de impulsionar sondas para asteroides.
Androides

Há bastante tempo, o tenente-comandante Data é uma controvérsia no mundo da Ciência da Computação sobre se ele pode ou não ser feito. Alguns cientistas gostam de pensar em fazer um supercomputador que possa ser colocado no corpo de um humano e que comece a conviver socialmente com humanos normais e suas limitações.
Atualmente, existem muitos robôs de brinquedos e carros e aviões com controle remoto. O cérebro humano trabalha com uma codificação intrigante, um verdadeiro desafio para a computação.

Seres extraterrestres
A sonda Kepler da NASA já descobriu cerca de 3.300 planetas e pelo menos 2.500 candidatos ainda estão à espera de confirmação. Na série, é bastante perceptível que a vida tem muitos locais de origem em potencial. As procuras por vida extraterrestre se arrastam por mais de 50 anos, mas até agora não houveram respostas satisfatórias.
Entendendo um pouco mais de bioquímica, os cientistas juntam esforços para analisar o comportamento do nosso tipo de vida (baseado em carbono) em outras luas e planetas.
Sensores
Os sensores de Star Trek são bastante diferente dos nossos e se mostram como dispositivos que detectam sinais muito superiores.
Atualmente, sensores na Terra detectaram as ondas gravitacionais previstas por Einstein há 100 anos. As ondas detectadas são proveniente do choque de dois buracos negros que formaram um buraco negro ainda maior e mais massivo.
Escudos defletores e gravidade artificial
Os escudos da nave Enterprise não são coisas ainda possíveis nos dias de hoje. Para desviar de objetos eletricamente carregados podemos usar capôs eletromagnéticos. Também há a possibilidade de fazer grandes ímãs com grande atração e com circuitos eletrônicos que regulem a força desses ímãs.
Também ainda não há uma gravidade artificial tão eficiente quanto o da série que possa proporcionar o ambiente normal do peso a mesma experiência da tripulação da Enterprise. Nem temos como criar uma gravidade artificial. Talvez, girando grávitons, mas ainda não há nenhuma maneira para isso ser feito.
Dispositivos de camuflagem
Muitos dispositivos de camuflagem têm sido desenvolvidos, mas consistem em camadas muito pesadas de metamateriais que escondem pequenos objetos em um gama bem limitada de cores. Há uma nova variedade de metamateriais, que são matrizes de dispositivos eletrônicos pequenos que combinam para produzir propriedades ópticas, mas mesmo assim não fornece total invisibilidade.
Fonte:http://www.universoracionalista.org/a-ciencia-de-star-trek/

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A biologia evolutiva de Star Trek



Prof. Eduardo Almeida em aula sobre evolução e especiação.


Fonte original do texto: http://teianeuronial.com/a-biologia-evolutiva-de-star-trek/

Um dos grandes mistérios da evolução humana diz respeito ao que aconteceu com todos os humanos que compatilharam o planeta com o Homo sapiens por centenas de milhares de anos. Enquanto o Homo sapiens evoluía na África, havia também homininos na Europa e na Ásia, conhecidos como Homo erectus, os hominídeos de Denisova e os neandertais. Para não falar no Homo florensiensis, conhecido como o povo hobbit. Será que esses grupos humanos se encontraram em algum momento? Eles cruzaram entre si ou se mataram uns aos outros? Será apropriado chamá-los todos de humanos ou eram alguns humanos e outros animais?
Jornada nas Estrelas (Star Trek) tem respostas para essas questões. E elas são tão confusas e frustrantes na ficção científica quanto na ciência evolutiva real.

O Mais Chato Episódio de Star Trek Jamais Escrito

Mesmo que você não seja um fã de Star Trek,provavelmente já ouviu falar do infame episódio deStar Trek: A Nova Geração, “A Busca” (“The Chase”), onde aprendemos que humanos, romulanos, klingons e todas os outros humanoides que encontramos têm de fato um ancestral comum, que vamos chamar aqui de Caras-de-massa (você pode entender por quê olhando a foto ao lado). Por uma série de eventos improváveis, a Enterprise encontra uma mensagem holográfica secreta de uma representante dos Caras-de-massa há muito falecida, que diz:

Sabíamos que viria o dia em que pereceríamos, e nenhum de nós sobreviveria – então deixamos vocês. Nossos cientistas semearam os oceanos primordiais de muitos mundos, onde a vida estava em sua infância. Os códigos nas sementes direcionaram sua evolução para uma forma física semelhante à nossa: este corpo que vocês vêm diante de vocês, que obviamente tem a mesma forma dos seus corpos, pois vocês são o resultado final. Os códigos na semente também contêm esta mensagem, espalhada em fragmentos em muitos mundos diferentes.
Certo, tudo bem, é absurdo e você pode entender por que as pessoas odeiam este episódio. Como Peggy Kolm já apontou brilhantemente em Biology In Science Fiction (“Biologia na Ficção Científica”), não faz nenhum sentido que todos os grupos evoluíssem do mesmo jeito numa variedade de planetas, e não se pode “direcionar” a evolução com “códigos em sementes”.
Mas se ignorarmos tudo isso, nós nos deparamos com um retrato bem interessante da evolução em Star Trek que em alguns aspectos espelham nossa própria evolução na Terra. Em primeiro lugar, nós já sabemos que alguns grupos de alienígenas podem intercruzar. Há o meio-humano meio-vulcano Spock, a meio-humana meio-klingon B’Elanna Torres, a meio-humana meio-betazoide Troi, e muitos outros personagens menores também. Isso só faz sentido se todos eles descenderem dos Caras-de-massa, embora haja episódios em que se sugere que as pessoas mestiças sejam produto de manipulação tecnológica.
Então, o que isso tem a ver com evolução humana?

O Ancestral Comum

Humanos e nossos ancestrais são chamados homininos (eis uma boa explicação para isso), enquanto o grupo maior incluindo humanos e antropoides é chamado de hominídeo. Todos os grupos que mencionei anterioemente são inegavelmente homininos, e todos vieram do mesmo ancestral comum ao Homo sapiens – os Caras-de-massa da humanidade são chamados Homo ergaster ou Homo erectus. Obviamente, os neandertais não conseguiram suas testas romulanescas de algum tipo de evento de panspermia com “evolução direcionada”. Ao invés disso, diferentes grupos humanos simplesmente deixaram a África em diferentes épocas, espalhando-se pela Eurásia. Pelo fato de o Homo erectus ter deixado a África um milhão de anos antes do Homo sapiens, os dois grupos evoluíram separadamente durante um bom tempo. O mesmo aconteceu com o ancestral dos neandertais e os hominídeos de Denisova, que também partiram antes do H. sapiens.

Então a jornada de um milhão de anos da humanidade para a Europa, a Ásia e a Austrália foi de certa forma como o que aconteceu com a progênie dos Caras-de-massa em vários planetas diferentes. Eles começaram como uma espécie, mas, à medida que colonizaram diferentes regiões da Terra, começaram a se diferenciar uns dos outros. Sempre achei divertido o fato de que aquilo que provavelmente identificaria diferentes grupos humanos há 200.000 anos seriam as protuberâncias da testa e a altura – os mesmos dois traços usados no universo de Star Trek para fazer as pessoas parecerem “alienígenas”. É claro que os hominídeos de Denisova não devem ter tido um bobo nariz serrilhado de batata frita como um Bajoriano. Mas os neandertais teriam uma testa maior e um queixo mais protuberante do que os humanos modernos, enquanto os hobbits eram significativamente mais baixos do que o típico Homo sapiens.
Quando o Homo sapiens encontrou os neandertais pela primeira vez, poderia ter sido como os humanos encontrando os klingons? Muito provavelmente sim. Especialmente a parte sobre eles parecerem levemente diferentes e falarem línguas estranhas, mas no entanto são capazes de ter filhos juntos e empreender um extenso comércio mútuo (bem como entrar em guerra).

Especiação

Como mencionei antes, uma das maiores questões em Star Trek (e na biologia evolutiva humana!) é se o Homo sapiens realmente poderia ter filhos com outros grupos humanoides. Em Star Trek, ouvimos diferentes histórias sobre como uma criança meio-humana meio-vulcana poderia nascer – ela foi concebida em ambiente selvagem ou num laboratório? Mas temos absoluta certeza de que vulcanos e romulanos são tão intimamente aparentados que são capazes de produzir filhos sem problemas. Isso na verdade também espelha questões da ciência evolutiva.

Quando uma espécie se divide em duas ou mais, isso se chama especiação. Normalmente acontece quando dois grupos da mesma espécie são separados por tempo suficiente para evoluírem ao ponto em que não podem mais produzir descendência entre si. A grande questão é: grupos como o erectus e os neandertais eram espécies diferentes de nós ou seriam humanos com estruturas faciais e corporais diferentes dos humanos modernos? Há atualmente muita evidência genética de que o Homo sapiens intercruzou com neandertais e os hominídeos de Denisova. Então é provável que os três grupos fossem, de fato, a mesma espécie. Mas ainda não sabemos quase nada sobre o Homo erectus, e também estamos no escuro quando se trata dos hobbits e outros grupos homininos que ainda estão sendo descobertos. É possível que o Homo sapiens tenha intercruzado com neandertais, ao estilo de vulcanos/romulanos, mas não pudessem se reproduzir com Homo erectus.
A especiação é um processo bagunçado e caótico que raramente assume tonalidade preta e branca. Às vezes dois grupos muito diferentes são basicamente como os vulcanos e romulanos. Eles se comportam de modo completamente diferente mas são geneticamente quase idênticos. Outros grupos podem ter um ancestral comum, como humanos e chimpanzés, mas não podem se reproduzir entre si. Sugere-se em Star Trek: Enterprise que humanos e vulcanos podem estar nessa situação, se for verdade que eles requerem intervenção tecnológica para produzir uma prole viável.
Simplesmente não sabemos todas as respostas. No caso de Star Trek, isso se deve a tramas confusas e muitas continuidades retroativas. No caso da evolução humana, é porque ainda estamos tentando descobrir o suficiente sobre nossa história para entender o que aconteceu à medida em que evoluíamos.

Somos Todos Humanos

Muitos antropólogos usam a palavra “humanos” ou “pessoas” para descrever neandertais, hominídeos de Denisova e outros homininos que foram contemporâneos dos humanos modernos. Há fortes evidências de que estes grupos usavam ferramentas e fogo, podem ter tido uma linguagem e tiveram filhos com os Homo sapiens. Da mesma forma, em Star Trek, os alienígenas humanoides são sempre tratados como pessoas – mesmo que sejam klingons matando todo mundo e comendo um monte de vermes negros viscosos. Eles não são chamados de humanos, mas são claramente equivalentes aos humanos. Em inglês, ninguém usa o pronome “it” (gênero neutro usado para animais e objetos inanimados) para descrever um romulano. Eles podem ser inimigos, mas não são animais.

Quando tentamos imaginar como teria sido para o Homo sapiens migrar da África e descobrir neandertais, hominídeos de Denisova e possivelmente muitos outros homininos, não é à toa que pensemos em Star Trek. Como era viver num mundo com vários outros homininos inteligentes? Possivelmente seria como estar numa Federação com vários outros humanoides.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Sexo no Reino Animal

Sexo no Reino Animal


Você com certeza já ouviu falar da Viúva Negra, a aranha que mata seu parceiro depois da copulação. No Reino Animal o sexo pode ser um bocado estranho, é verdade, mas este não é nem de longe o exemplo mais esquisito da vida sexual dos não-humanos. Conheça 23 animais que têm hábitos de reprodução um tanto curiosos:

1. Abelhas
Já ouviu falar que as fêmeas das abelhas só ferroam uma vez? Ao picar alguém, o ferrão da doce ofensora se desprende do corpo, causando sua morte. A natureza foi cruel com o gênero feminino, mas espere até ficar sabendo o que acontece com o macho. Dica: ele não tem ferrão, mas tem um órgão reprodutor. Acertou quem imaginou que o sexo entre abelhas não termina bem – ao se afastar do corpo da fêmea após a penetração, o macho perde seu aedaegus (equivalente a um pênis), que permanece dentro do corpo da companheira. Seu fim não poderia ser mais trágico: ele sangra até a morte. Não está fácil pra ninguém.

2. Ácaros (Red Velvet Mites)
Sexo é um ato solitário (e esquisito) para os ácaros Trombidiidae. O macho procura o ninho perfeito para o acasalamento, com muitas folhas e galhinhos, para criar a perfeita atmosfera para o casal. E então, ele espalha seu sêmem por todo o lugar. Depois de completar o serviço, o próximo passo é atrair uma fêmea – com suas fezes. Ela segue o rastro deixado pelo macho e, chegando ao ninho “cuidadosamente” preparado, deve se virar sozinha para ser inseminada.

3. Antequino-Marrom
O vício em sexo não é um problema enfrentado apenas por humanos. A condição também atinge esse pequeno marsupial. O Antequino-Marrom é tão frenético que, durante o período reprodutivo, chega a passar até 12 horas se acasalando com apenas uma parceira. Como é insaciável, passa de fêmea pra fêmea, até seu sistema imunológico começar a falhar. Ele geralmente desenvolve úlceras graves e contrai infecções de parasitas, e morre não muito tempo depois da sessão de acasalamento.


4. Argonautas
Os argonautas são um gênero de polvo bastante comum, que habita águas tropicais e subtropicais de todo o mundo. Seu momento de reprodução, no entanto, está longe do “regular”: a fêmea desenvolve uma concha gigante para abrigar e proteger os ovos e embriões, enquanto os machos – que também possuem uma concha, mas em tamanho significativamente menor – começam a acumular uma bola de espermatozóides em um tentáculo especial. Quando, passeando por aí, o macho encontra uma fêmea por quem se interessa, o tentáculo se destaca do corpo e sai nadando sozinho até a fêmea.

5. Caracóis
O caracol é um dos favoritos na disputa de localização mais bizarra do pênis: seu órgão reprodutivo fica no pescoço. Os caracóis são hermafroditas e precisam de um companheiro para conseguirem se reproduzir. E para convencer o parceiro, eles costumam “flertar” apunhalando um ao outro com dardos constituídos de carbonato de cálcio ou quitina e usados para injetar no receptor hormônios que estimulam os órgãos genitais femininos.

6. Hienas
As fêmeas representam o gênero dominante entre as hienas. Mais agressivas que os machos, no momento de escolher um parceiro elas não dão bola para os esquentadinhos, preferindo aqueles que se mostram mais submissos. O companheiro terá então um desafio à frente: habilidosamente inserir seu pênis no pseudo-pênis da fêmea, que esconde sua vagina. Contorcionismo no mundo animal.

7. Hipopótamo
O hipopótamo macho possui uma forma bastante diferente de chamar a atenção de uma fêmea. Ele se coloca em lugar de destaque, defeca em si mesmo e utiliza a sua cauda como uma espécie de hélice, espalhando as fezes por todos os lados na tentativa de encontrar uma parceira. E o mais incrível: funciona.


8. Macaco-rhesus
O primata, também conhecido como Reso, tem muitos motivos para ser um tanto paranoico. No Reino Animal é bem comum que as disputas entre os machos por uma companheira acabem sendo um tanto violentas. Mas poucas espécies são tão cruéis (e, ao mesmo tempo, espertas): os macacos-rhesus atacam seus oponentes no momento em que eles estão tendo um orgasmo. Sim, é isso mesmo. Um estudo da University of Utrecht apontou que mais da metade dos encontros sexuais dos macacos reso terminam com o macho sendo brutalmente atacado. Até 9 macacos podem se aproveitar da vulnerabilidade do coleguinha para tentar roubar sua fêmea.


9. Marreca-pé-na-bunda
A marreca-pé-na-bunda, também conhecida como Oxyura vittata, possui orgãos reprodutores mais estranhos do que seu nome. Além de ser dono de um pênis de aproximadamente 40 centímetros de comprimento, o orgão do macho tem formato de saca rolhas e possui uma espécie de ~pincel~ na ponta. A vagina da fêmea também é em espiral, mas no sentido oposto – o que permite o encaixe. Durante o ato sexual, o macho utiliza a sua “escova” para remover qualquer esperma deixado por um macho anterior.



10. Morcegos (Chinese Fruit Bat)
Cientistas do Guangdong Entomological Institute in Guangzhou, na China, descobriram que os morcegos da espécie Cynopterus sphinx usam o sexo oral para prolongar o ato sexual. A descoberta é um tanto inusitada, já que se pensava que somente humanos tinham essa prática. Mas o que é ainda mais curioso é que, através de um grande contorcionismo, a fêmea consegue agradar o macho enquanto ainda estão envolvidos no ato sexual. Provavelmente não é seguro tentar isso em casa.

11. Peixe actinopterígeo
Estes peixes, que habitam exclusivamente ambientes marinhos, redefinem o conceito de namorado folgado. Alguns machos do subgênero, bem mais franzinos que suas companheiras de espécie, nascem com sistema digestivo rudimentar, que logo passa a dificultar sua alimentação. Para contornar este problema quase-fatal, os peixes usam de seu olfato apurado para encontrar uma fêmea no oceano. No primeiro encontro, nada de rituais de acasalamento: o macho logo morde a fêmea e libera uma enzima digestiva que corrói a pele de sua boca e o corpo da companheira, fundindo o par para toda a vida. Conectado ao sistema circulatório da fêmea, o corpo do macho se atrofia. Sua única função agora é liberar esperma sempre que hormônios na corrente sanguínea de sua “parceira” indicam que ela está ovulando. Ah, o amor… Não bastasse apenas um namorado parasita, é comum que a fêmea da espécie seja mordida por múltiplos machos.

12. Peixe-palhaço
Descobrir a verdade sobre a reprodução dos peixes-palhaço vai ajudar a entender melhor o filme Procurando Nemo. Em um núcleo familiar, a fêmea é sempre o maior membro do grupo. Quando ela morre, o maior macho assume seu lugar – literalmente. Como estes peixes são hermafroditas, isso significa que o macho muda de papel. Ou seja: o pai de Nemo, na verdade, passaria a ser a mãe do Nemo.

13. Percevejos
A reprodução dos percevejos pode ser comparada a um ato de violência sexual. Os machos das espécies costumam possuir um pênis tão afiado que, na hora de se reproduzirem, praticamente dão diversas “facadas” no corpo da fêmea até conseguirem depositar o seu esperma. Já que a espécie não está em extinção, presume-se que a fêmea sobrevive ao traumático ataque.


Quem quiser saber ainda mais sobre a vida sexual do Reino Animal pode conferir a websérie Green Porno, idealizada, escrita, dirigida e estrelada pela atriz Isabella Rossellini . Os vídeos, que começaram a ser produzidos em 2008, foram exibidos no Sundance Festival e podem ser assistidos no canal online do festival.

14. Leões imobilizam suas fêmeas mordendo suas nucas, às vezes até sangrar. Um acasalamento leonino é uma longa sucessão de pequenas cópulas, que duram de 6 a 68 segundos. Em média, um leão acasala 50 vezes num dia. Não é à toa que ele é chamado de "rei dos animais"!

15. A exemplo do leão, a cópula do chimpanzé também costuma ser bastante rápida. Em média, ela dura 13 segundos. Por causa de seu tamanho, as baleias não levam mais de 30 segundos. A cópula de animais como o cachorro e o rinoceronte, no entanto, dura até uma hora.

16. Cada elefante fêmea fica no cio por poucos dias. As que estão prontas para a reprodução ficam longe umas das outras. Por isso, o macho que conseguir caminhar por mais tempo acha um número maior de fêmeas no cio.

17. Os cavalos juntam os focinhos para mostrar afeição, enquanto os elefantes cruzam as trombas. As girafas esfregam seus pescoços quando estão apaixonadas. Os cafunés e as catações de piolho entre macacos não têm qualquer conotação amorosa. Servem apenas para manter a coesão social do bando.

18. Algum tempo antes do acasalamento, a guepardo fêmea emite sons para chamar os machos. Seu cheiro também muda. Quando eles se aproximam dela, são recebidos com patadas. A fêmea faz isso para ter certeza de que o escolhido será forte e corajoso.

19. O canguru é o único animal com capacidade de produzir dois tipos diferentes de leite (um para quando o filhote ainda está dentro da bolsa, e um para quando ele sai da bolsa).

20. O coala tem aquele jeitinho de bichinho dócil, mas quando vai acasalar, o macho monta na fêmea, morde o pescoço dela e tudo termina em apenas 2 minutos.

21. A fêmea do tanreque, uma espécie de porco-espinho que habita a ilha de Madagascar, na África, tem entre 22 e 24 mamilos.

22. Quando entra no cio, uma chimpanzé tem de 500 a mil relações sexuais, com uma infinidade de machos (pré-selecionados entre os melhores). Uma ovelha chega a copular 170 vezes em cada período de cio, também com carneiros diferentes.

23. A cadela tem o primeiro cio aos seis meses, e daí para a frente duas vezes por ano. A gata só fica pronta para procriar entre os três meses e os nove meses. O macho fica adulto a partir dos sete meses. O período de cio dura mais ou menos 15 dias e ocorre, em média, uma vez por ano.


sábado, 27 de agosto de 2016

SUPER DICA ENEM - BIOLOGIA MOLECULAR / PROF. EDUARDO DE ALMEIDA

Estimados estudantes,
ENEM está próximo, é  hora de retomar tópicos  importantes sobre biologia molecular, segue abaixo uma questão do ENEM com a temática de biologia molecular. Mas antes de responder leia o texto que segue após ao exercício  e mãos à obra .

Prof. Eduardo.


Conseguiu responder? Em caso de dúvidas entre em contato.



fonte: http://www.infoescola.com/genetica/replicacao/

Em 1953, o biólogo norte-americano James D. Watson e o físico inglês Francis H. C. Crick propuseram o modelo para explicar a estrutura da molécula de DNA. Além de explicar as propriedades químicas e físicas da molécula, explicava também sua duplicação, ou replicação.

A replicação do DNA ocorre de forma semiconservativa, é iniciada em origens únicas e geralmente ocorre de forma bidirecional, a partir de cada origem de replicação. A fidelidade da replicação é muito grande, com uma média de apenas um erro por bilhão de nucleotídeos incorporados após a síntese e correção de erros durante e imediatamente após a replicação.

A replicação do DNA é um processo semiconservativo, pois cada uma das suas moléculas recém formadas conserva uma das cadeias da molécula que a originou e forma uma cadeia nova, complementar ao seu molde.
A replicação do DNA envolve três etapas:
  • Iniciação
  • Ampliação ou alongamento
  • Término
Para que a síntese de DNA ocorra, são necessários dois substratos fundamentais: desoxinucleosídeos trifosfatados e uma junção iniciador: molde.

O DNA começa a ser sintetizado pela extensão de extremidade 3’ do iniciador. Essa é uma característica universal do DNA e do RNA. A fita molde irá orientar qual dos quatro nucleosídeos trifosfatados será adicionado. As duas fitas possuem uma orientação antiparalela, o que significa que a fita molde para a síntese de DNA tem orientação oposta à fita de DNA que está sendo sintetizada.
A síntese do DNA é catalisada pela enzima DNA-polimerase. Ela utiliza um único sítio ativo para catalisar a síntese do DNA. O pareamento correto das bases é necessário para que a DNA-polimerase catalise a adição do nucleotídeo. Ambas as fitas do DNA são sintetizadas juntas na forquilha de replicação, com orientação antiparalela.

Durante o processo de replicação, as pontes de hidrogênio são catalizadas e os nucleosídeos livres unem-se a elas, respeitando sempre a regra do emparelhamento: Adenina-Timina, Citosina-Guanina. À medida que se encaixam nas cadeias do DNA, vão formando duas novas cadeias, obedecendo a regra da replicação semi-conservativa.



Erros de replicação

Em sua maioria, os erros são rapidamente removidos e corrigidos por uma série de enzimas do sistema de reparo do DNA que primeiro reconhecem que filamento na dupla hélice recém-sintetizada contém a base incorreta e então a substitui pela base complementar correta. A replicação do DNA precisa ser um processo extremamente preciso, pois a carga de mutação sobre um organismo é intolerável, embora ocorra a uma taxa de menos de uma mutação de par de bases por divisão celular.

Bibliografia:

Fundamentos da Genética / D. Peter Snustad, Michael J. Simmons. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Biologia Molecular do Gene / James D. Watson … [et al.]. Porto Alegre: Artmed, 2006
Biologia / José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho. São Paulo: Moderna, 2004

SUPER DICA DE LIVRO DE LEITURA.

DNA - O segredo da vida
James D. Watson e Andrew Berry



É necessário estar logado para utilizar este recurso.

Desde que a estrutura da molécula do DNA foi identificada, há pouco mais de cinqüenta anos, a biologia moderna passou por grandes transformações. O cientista James Watson, ao lado de James Crick, foi um dos responsáveis pela descoberta da dupla hélice, e viveu essas revoluções na condição de protagonista.
Em DNA: o segredo da vida, ele resume os principais acontecimentos que marcaram a biologia, desde os experimentos pioneiros de Mendel e da busca pela eugenia, até as pesquisas mais recentes sobre o funcionamento da molécula de DNA e a intervenção genética. A interferência no genoma de outros organismos abre as portas para a biotecnologia e para o advento dos transgênicos, mas também para a terapia gênica e a medicina do futuro.
Em linguagem simples e com dezenas de fotos e esquemas ilustrativos, Watson apresenta os principais personagens dessa história, aponta as perspectivas que podemos esperar do estudo do DNA e discute suas implicações éticas.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

BIOLOGIA MOLECULAR NO ENEM - DICA DO PROF. EDUARDO.

Estimados estudantes....

É hora de estudarmos um pouco sobre biologia molecular e entender que esse importante tópico é carro chefe em vestibulares e ENEM.

Observe a imagem abaixo...




O que são íntrons e éxons?

Íntrons são regiões não-codificantes do RNA mensageiro, enquanto os éxons são regiões codificantes do RNA m. Eles estão relacionados a uma etapa muito importante do processo de síntese protéica dos eucariontes, denominada “splicing”. Neste processo (cujo nome significa “ato de cortar” em português), regiões específicas do RNA mensageiro (os íntrons) são recortadas e eliminadas. Devemos lembrar que o RNA mensageiro é uma molécula de ácido nucleico sintetizada no núcleo através da transcrição da mensagem contida no DNA. Esses íntrons eliminados são segmentos não-codificantes, porque não levam nenhuma mensagem para produção de proteínas. 

Depois que eles são eliminados, os segmentos resultantes (os éxons) unem-se entre si, formando a molécula de RNA mensageiro funcional, com a mensagem madura, ou mensagem propriamente dita. Este processo é importante pois somente após ter passado por ele é que o RNA mensageiro se torna ativo na codificação da mensagem que levará à produção de uma proteína específica. As enzimas envolvidas no processo de “splicing” são formadas por um complexo de proteína e RNA (diferente da maioria das enzimas), sendo denominadas snRNPs, ou pequenas partículas de ribonucleoproteína nuclear (pronunciadas snurps). 

Acredita-se que a principal vantagem da ocorrência desse processo nos eucariontes seja o fato de seus transcritos primários poderem ser processados de vários modos (como um kit de montagem) para a produção de diferentes RNAs mensageiros maduros, dependendo do organismo ou do estágio de desenvolvimento em que ele se encontra, produzindo diferentes proteínas a partir de um mesmo segmento de DNA.


Vamos fazer um exercício???

Vamos lá.....

Então conseguiu responder???? 
Dúvidas!!! envie mensagem ....

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

DECIFRANDO QUESTÕES DE BIOLOGIA DO ENEM.


DECIFRANDO QUESTÕES DE BIOLOGIA DO ENEM.

Estimados estudantes,

Vamos seguir nossos estudos para decifrar as questões do ENEM/2015 de biologia, é hora de aquecer nossa massa cinzenta para não amarelar no exame.
Grande abraço.
Prof. Eduardo de Almeida




A questão que apresento agora envolve principalmente o aprendizado de conteúdo do 2 º ano do Ensino Médio, logo que começamos a desvendar a diversidade de seres vivos do Planeta Terra.



Para responder essa questão devemos primeiramente conhecer dois grandes Reinos: O Vegetal e o Animal, ambos são formados por seres com células eucarióticas (tema que irei abordar em questões futuras), mas também um pouco de conhecimento na língua portuguesa é útil, pelo fato de conhecermos o que significa o sufixo “cida”, que significa diretamente matar, por isso temos inseticida para matar insetos, larvicida para matar larvas, etc... e para matar moluscos como se chamaria???


Mas quando estudamos o Reino Animal, conhecemos o Filo Molusca, formado por Lulas, Polvos, Lesmas e Caramujos....e falando em caramujo, esse tem um gênero Biompharia, que é hospedeiro intermediário de um outro animal do Filo Platelminto o Schistossoma mansoni, esse tem como Hospedeiro definitivo o homem, observe o ciclo de vida , esse causa a doença conhecida  esquistossomose (barriga d’água).


A planta em questão é muito usada em jardins seus caules são repletos de espinhos com muitas e pequenas flores vermelhas e sua seiva tem aspecto leitoso, observe a imagem abaixo.




 Resolução:
 O hospedeiro intermediário da esquistossomose (barriga d’água) é um caramujo (molusco). A miliamina , como diz o enunciado, é um moluscicida, produto que pode matar moluscos. Resposta: E

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Como estudar Biologia para o Enem?

Como estudar Biologia para o Enem?

Veja quais são os temas mais recorrentes e como se preparar


Os temas mais recorrentes
Os assuntos de Biologia que mais aparecem nas questões do Enem
Ecologia
Evolução
Fisiologia humana
Genética
O Enem costuma cobrar os temas de Biologia em assuntos do cotidiano e questões interdisciplinares na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. De acordo com o professor Leandro Neves, do Cursinho do XI, o tema mais cobrado é ecologia, seguido por evolução, fisiologia e genética.
O professor explica que é, também, muito importante que os candidatos façam a leitura atenta do enunciado, especialmente do último parágrafo em que se encontra a pergunta, além das alternativas que, muitas vezes, podem conter alguma dica para a resolução. "Também oriento que os alunos treinem bastante interpretação de gráficos e tabelas, indispensável para resolver boa parte das questões", diz.

Ecologia
Dentro de ecologia, sempre são cobrados temas atuais, como sustentabilidade, desmatamento, poluição, uso da água, geração de energia, destino do lixo e aquecimento global.
Exemplo: questão tirada do Enem 2012






"O vestibulando deve ter um bom conhecimento sobre teia e cadeia alimentar, fluxo de energia, relações ecológicas, biomas e sucessão ecológica, além dos ciclos biogeoquímicos, em especial o ciclo da água, do nitrogênio e do carbono".
Exemplo: questão tirada do Enem 2012


Evolução
Em evolução, é importante focar os estudos nas teorias de Lamarck e Darwin e nos mecanismos de formação das espécies. "Também é importante rever os estudos de caso, como o clássico ‘melanismo industrial’, em que se pode observar a seleção natural agindo sobre as mariposas brancas e pretas na Revolução Industrial", explica o professor Leandro.
Exemplo: questão tirada do Enem 2010



Fisiologia
Para fisiologia, o estudante deve priorizar o funcionamento dos sistemas do corpo, que costumam ser cobradas em questões que tratam do cotidiano. "O Enem costuma cobrar o tema em questões como as reações do corpo frente aos exercícios físicos, a uma dieta especial de alimentos e a mudanças climáticas", ressalta Leandro.
Exemplo: questão tirada do Enem 2012

"O candidato também pode encontrar questões sobre patologias. Vale estudar o funcionamento dos vírus e bactérias, atentando para as formas de prevenção e combate. Além disso, é possível que apareçam as clássicas questões sobre as parasitoses, com os ciclos de vida do parasita e as profilaxias", diz o professor.
Exemplo: questão tirada do Enem 2011

Importante: Neste ano, é bem provável que a prova contenha alguma questão sobre a dengue ou zika, que bateu recordes históricos de infecção em várias cidades brasileiras. Fique atento!
Genética e biotecnologia
Segundo alerta o professor Leandro, é muito importante que, em genética, o aluno tenha domínio sobre a Primeira e Segunda Leis de Mendel, em especial na definição de genótipos e fenótipos e nos cálculos de probabilidade. Já em biotecnologia, assuntos como as técnicas do DNA recombinante, de clonagem, terapia gênica, transgênicos e as implicações éticas no uso destas técnicas devem ser revisados.
Exemplo: questão tirada do Enem 2011

Exemplo: questão tirada do Enem 2012