Contato por E-mail:

Nome

E-mail *

Mensagem *

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Covid-19 e o retorno às aulas no RS.



Ainda sabemos pouco sobre o vírus Covid-19, mesmo com nossos avanços dia-a-dia, a propagação do vírus continua mais acelerado, aprendemos todos os dias e consequentemente novos protocolos são adotados e sua eficácia é corroborada ou refutada na mesma velocidade do aumento de número de casos. Dentro as medidas adotadas o distanciamento social é o ainda mais eficaz eficiente para conter a disseminação do vírus e frear o número de contaminados e óbitos.
A pergunta que fica será que pais e responsáveis estão tranquilos com o retorno às aulas? Sabemos que a tranquilidade em relação a essa pandemia vem de duas vias, a primeira o surgimento de uma vacina capaz de imunizar e outra de tratamento com atendimento médico adequado para casos que necessitem de internação.  Sabemos que o desenvolvimento de uma vacina demanda dinheiro, pesquisa e tempo e de imediato estamos longe disso e num cenário otimista a vacina estaria disponível dentro de alguns meses, já sobre a segunda via , é de conhecimento de todos que os medicamentos atuais pouco podem fazer do que amenizar alguns sintomas e que o atendimento hospitalar a cada dia mesmo com a medida de distanciamento social está sempre próximo ao colapso.
O governo do estado está com ideia de retorno logo na época em que o pico de casos atinge o Brasil, sabemos da realidade das escolas públicas e sua eterna falta de recursos materiais e de pessoal, como instituir protocolos em escolas com salas de aulas pequenas e de muitos alunos, algumas com problemas de estruturas que até as janelas das salas não abrem, escolas com corredores estreitos de pouco circulação de ar onde os estudantes aglomeram permitindo assim situação de risco de contágio.
Como instituir a disponibilidade de recursos como as máscaras, álcool em gel entre outras formas de proteção para alunos, professores e funcionários em instituições de ensino que muitas vezes falta até mesmo merenda escolar.
O governo até poderia propor dividir turmas para evitar aglomeração em salas de aula e manter o distanciamento mínimo entre os alunos, mas sabemos que o governo adota a ideia de fusão de turmas e fechamento de turnos de funcionamento escolar onde aglomerar é a palavra que impera.
O pouco que sabemos sobre o vírus, já é permitido dizer que não existe grupo de risco e que todos nós estamos suscetíveis a contaminação. Seremos nós crianças, jovens, adultos e idosos colocados em uma situação de risco. Basta somente imaginar que em época de normalidade a quantidade de ônibus lotados que trazem alunos e professores para as escolas, será que com o retorno às aulas agora esse cenário de transporte irá mudar? Sabemos que essa atitude irá de forma exponencial aumentar os casos de Covid-19 no Estado.
Estamos próximos ao pico de ocorrências do Covid-19 no Brasil, tememos uma segunda onda do vírus também, e com tudo isso o governo ainda acredita que o retorno para as salas de aula é o correto para fazer. Ao invés de aprimorar o sistema de aulas programadas, até que tenhamos um cenário mais seguro para todos e enfim retornarmos. Devemos condicionar a evolução da pandemia ao retorno das atividades escolares.
Seria o verdadeiro extermínio discente e docente, registraríamos dia-a-dia o número de infectados nas escolas, alunos e professores se ausentando por causa do vírus, quem sabe seria esse o plano macabro dos governantes, para enfim reduzir os gastos com o ensino público, isto é, diminui a massa crítica, e com isso fica fácil justificar fechamentos de turmas, turnos e escolas.
Fica aqui o pedido de bom senso aos governantes estamos diante de um mundo novo, vamos ser ousados na tentativa de retorno a uma vida normal, mas não podemos confundir ousadia com alienação e adotarmos uma atitude irresponsável quando falamos de vidas. Até o momento que me encontro escrevendo a mensagem o Brasil já possui mais de 6 mil óbitos e mais de 90 mil casos confirmados e aqui no Rio Grande do Sul estamos quase em 2 mil contaminados e número de óbitos que já passa dos 60.